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Motrivivência (Florianópolis) ; 35(66): 1-18, 2023.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1509378

ABSTRACT

Historicamente, as práticas corporais foram negligenciadas para a pessoa com deficiência justificada por paradigmas cartesiano e mecanicista de corpo. Apenas em meados do século XX que instituições e políticas públicas alertaram que àquelas deveriam ser para todos. Ainda que paulatinamente, a pessoa com deficiência passou a integrar o mundo esportivo, inclusive o de alto rendimento. Afoitos para dar voz (e ouvidos) a esses protagonistas, este artigo identifica, descreve e reflete sobre a experiência vivida por uma atleta com Síndrome de Down praticante do nado artístico. Por meio da pesquisa qualitativa fenomenológica, realizaram-se duas entrevistas cujas perguntas versaram sobre a experiência nas sessões de treino e eventos esportivos. Dois eixos foram salutares para a discussão: a. essência do esporte; b. eu-outromundo que alertaram sobre a efetiva identidade da nadadora com os preceitos filosóficos do esporte: transcendência, autossuperação e relação com os outros no fazer esportivo.


Historically, body practices have been neglected for disabled people, justified by cartesian and mechanistic paradigms of the body. It was in the middle of the 20th century that institutions and public policies warned that those should be for everyone. Gradually, the disabled people were integrated into the sporting world, including high-performance. Eager to give voice (and be heard) to these people, this article identifies, describes, and reflects on the lived experience by an athlete with Down Syndrome who practices artistic swimming. Through phenomenological qualitative research, two interviews were conducted whose questions dealt with the experience in training sessions and sporting events. Two themes were discussed: a. the essence of sport; b. me-other-world that warned about the effective identity of the swimmer with the philosophical precepts of the sport: transcendence, selfovercoming and relationship with others in sports.


Históricamente, las prácticas corporales han sido negligenciadas para las personas con discapacidad, justificadas por paradigmas cartesianos y mecanicistas del cuerpo. Fue recién a mediados del siglo XX que las instituciones y las políticas públicas advirtieron que aquellas debían ser para todos. Aunque paulatinamente, la persona con discapacidad fue integrándose al mundo deportivo, incluido el de alto rendimiento. Deseoso de dar voz (y oídos) a estos protagonistas, este artículo identifica, describe y reflexiona sobre la experiencia vivida por un atleta con Síndrome de Down que practica nado artístico. A través de una investigación cualitativa fenomenológica, se realizaron dos entrevistas cuyas preguntas versaron sobre la experiencia en sesiones de entrenamiento y eventos deportivos. Dos ejes fueron saludables para la discusión: a. la esencia del deporte; b. eu-otro-mundo que advertía sobre la identidad efectiva del nadador con los preceptos filosóficos del deporte: trascendencia, superación y relación con los demás en el deporte.

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